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Rádio CBN faz reportagem sobre a ONG CECIDIAIDELCIO

Vila Curuçá Sofre Por Não Ter Hospital Público


Os moradores do distrito localizado na Zona Leste dependem apenas das oito Unidades Básicas de Saúde, que, segundo eles, estão sempre lotadas. A espera por um exame pode chegar a seis meses.




AUDIO DA REPORTAGEM CBN


Idélsio Costa é técnico em enfermagem e faz parte de uma ONG que trabalha com assistência social no bairro Vila Nova Curuçá. Ele conta que não são raros os casos onde os encaminhamentos para consultas precisam ser feitos pelos próprios voluntários.

Vila Curuçá está bem abaixo da média de UBS necessárias para atender a população. O Programa Saúde da Família diz que é preciso uma Unidade Básica de Saúde para cada 10 mil habitantes. O distrito tem uma para cada 20 mil. Desde 2008, nenhuma unidade nova é construída em Vila Curuçá.

Idelsio conta que, às vezes, casos que deveriam ter um acompanhamento mais detalhado não conseguem atendimento correto e descobrem tarde os problemas. Como o caso de um menino de dois anos, que não conseguia atendimento em uma UBS.

Na UBS Parque Santa Rita, por exemplo, faltam médicos e equipamentos para fazer exames. Com isso, os pacientes precisam se deslocar por quilômetros para outros distritos. Maria de Jesus Martins mora há seis anos no bairro Parque Santa Rita. Ela conta que um paciente pode levar meses para conseguir um exame.

Além da falta de unidades básicas, da falta de médicos e da falta de equipamentos, as UBS sofrem com a falta de segurança.  A UBS Vila Nova Curuçá foi assaltada duas vezes em uma semana no mês passado.

Os cerca de cem funcionários foram rendidos e levaram pertences deles. O mesmo aconteceu dois dias depois. Os funcionários chegaram a fazer um dia de paralisação e desde então, segundo os moradores, a permanência dos médicos e enfermeiros não é garantida. Eles deixam de trabalhar na UBS por medo. Ana Carla da Silva Santos já desistiu de usar o posto de saúde.

A falta de segurança é atribuída, em parte, pelos problemas de iluminação na região. Vila Curuçá está na lista da prefeitura como uma das regiões que serão atendidas por lâmpadas de LED, mais econômicas e mais duráveis que as comuns.

A instalação dos 7,8 mil pontos começou em junho desse ano na região, mas há locais onde ainda há lâmpadas comuns e frequentemente elas estão estragadas ou são quebradas pelos moradores. O gráfico Luiz Carlos Pestana mora há 24 anos na região e conta que as ruas no entorno da Escola Professor Fernandes de Azevedo estão escuras.

Os moradores de Vila Nova Curuçá também reclamam da falta de opções de lazer. A região é atendida pelo Parque Linear Rio Verde, que fica às margens do Arroio Rio Verde. Mesmo assim, ele fica em outro distrito, Itaquera. O funcionário público aposentado Marco Antônio Gonçalves diz que o local até tem opções de diversão, mas os locais ficam ociosos pela falta de orientação.

Na área da cultura, mais um distrito carente nessa área. A região conta apenas com uma Fábrica de Cultura, que é um equipamento do governo estadual. De acordo com dados da Rede Nossa São Paulo, Vila Curuçá não tem cinemas, não tem salas de shows, não tem teatros e também não tem museus.


O distrito localizado na Zona Leste fica a 30 quilômetros do Centro de São Paulo e tem cerca de 150 mil habitantes, divididos em 22 bairros.

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